sexta-feira, 30 de abril de 2004

A empresa Rendersoft tinha feito o CamStudio, um genérico do Camtasia, open source, que grava como AVI ou Flash o que a gente faz na tela do Ruindows, adicionando som. Agora, aparece este aviso na página dela:
If you are looking for CamStudio, try RoboDemo from Macromedia. Macromedia RoboDemo is the easiest way to create interactive demonstrations and software simulations in Flash format. RoboDemo records your actions in any application and instantly creates a Flash simulation with visible and audible mouse movements. The small file size and high resolution make RoboDemo simulations and demos easy to publish online or burn to CD for use in training, sales, marketing, or user support. Learn more about RoboDemo and download a free trial.
Aparentemente, a Macromedia comprou a empresa e descontinuou o produto (como a Adobe soe fazer). Como era open source, ainda deve haver o código fonte em algum lugar da rede. Mil mortes purulentas à Macromedia! Ninguém precisa das porcarias dos produtos dela! Tomara que quebre logo.
"O conceito brasileiro de motel não existe em qualquer lugar do mundo".
Quando a gente pensa que um sistema operacional morreu, ele ressurge das cinzas para assombrar o mundo. Pois não é que o OS/2 tá vivo e bem, com OpenOffice 1.1.1, Mozilla e tudo?
Um advogado australiano patenteou a roda. Programadores indianos estão sendo saqueados em suas propriedades intelectuais, ao programarem código proprietário. Software livre protege e multiplica a propriedade, enquanto software proprietário restringe a propriedade. Existem empresas de software que não têm programadores, só advogados que vivem de litígios sobre patentes. Estas e outras revelações estão na série de matérias que Pedro Antonio Dourado de Resende publica no Observatório da Imprensa, comentando as incursões de Luís Nassif na área. Quem tiver paciência para se aventurar pelo estilo barroco de Resende, verá que economia das trocas simbólicas é complexa, mas muito divertida.
Deu no AOL. Um filme que Glauber Rocha fez do velório de Di Cavalcanti foi proibido no Brasil, a pedido da herdeira do pintor. Graça às tecnologias digitais, você pode vê-lo, só para conferir que talvez a herdeira tivesse razão. O jornalista baiano era mesmo muito ruim. Fazia mau cinema travestido de genial. Contava com amigos jornalistas da esquerda autoritária dos anos 60 pra divulgar o mito, além de acadêmicos e teóricos que achavam muito legal coisas mal feitas, toscas e incompreensíveis. A canalhada quase acabou com o cinema brasileiro, exuberante até o início dos anos 60. Estigmatizaram Anselmo Duarte, ganhador do maior prêmio na área com O Pagador de Promessas, acusando-o de fazer "cinemão de hollywood". Esvaziaram as salas de cinema. Um horror. O país levou décadas pra se levantar. Mil mortes purulentas a Glauber Rocha e a toda a catrefa do Cinema Novo. (Pronto, falei...)

quinta-feira, 29 de abril de 2004

Me lembro que, no início da internet pública, havia muitas discussões sobre acentuar-se emails ou não. Esse problema foi resolvido. Agora, os acentos atacam novamente, bagunçando páginas Web e emails. Tudo por conta do padrão Unicode (que é uma coisa boa) e de uma gambiarra denominda UTF-8, a adaptação do Unicode para ambientes Unix. Isso se deve a uma estrutura de dados do Unix (e, por conseguinte, da linguagem C): strings terminadas por zero (stringz), que inviabilizam caracteres no formato Unicode puro. Sem dúvida, uma das coisas desinteligentes deste sistema que é o pior que existe, tirando todos os outros (BeOS fora). Passarão alguns anos até que as coisas acalmem de novo.
Me lembro que, no início da internet pública, havia muitas discussões sobre acentuar-se emails ou não. Esse problema foi resolvido. Agora, os acentos atacam novamente, bagunçando páginas Web e emails. Tudo por conta do padrão Unicode (que é uma coisa boa) e de uma gambiarra denominda UTF-8, a adaptação do Unicode para ambientes Unix. Isso se deve a uma estrutura de dados do Unix (e, por conseguinte, da linguagem C): strings terminadas por zero (stringz), que inviabilizam caracteres no formato Unicode puro. Sem dúvida, uma das coisas desinteligentes deste sistema que é o pior que existe, tirando todos os outros (BeOS fora). Passarão alguns anos até que as coisas acalmem de novo.

quarta-feira, 28 de abril de 2004

A vingança de Montezuma. A compra da Embratel pela Telmex mostra a força da hegemonia azteca. Eles não foram derrotados, só deram um tempo... Já dominaram todos os outros povos "*tecas" da região mexicana (viram só? méxico é uma palavra azteca). Agora, se espalham pelas Américas como varíola...
BBC: Justiça dos EUA autoriza venda da Embratel à Telmex. Ufa! Escapamos por pouco de um cartel. Mas eu sempre fico com a impressão que a gente só escapou da frigideira... A zona de meu cérebro responsável pelas conspirações sempre fica me dizendo: "Tu tá sendo roubado por tudo quanto é tubarão!".

domingo, 25 de abril de 2004

Outro conversor de formatos de documentos: http://documents.cern.ch/Convert. Fica num tal de CERN. Você manda o arquivo pelo browser e recebe pelo mail. Faz as seguintes conversões:
  • MS Word para postscript
  • MS Word para PDF
  • MS Word para HTML
  • Postscript para PDF
  • Postscript para texto ASCII
  • MS Powerpoint para Postscript
  • MS Powerpoint para PDF
  • PDF para texto
  • PDF para Postscript
  • PDF para gif.
  • tif para Postscript
  • tif para gif
  • tif para PDF
  • gif para PDF
  • jpeg para PDF
  • Latex para html
(Dica http://www.Dicas-L.unicamp.br)

sexta-feira, 23 de abril de 2004

"Noventa por cento de tudo é uma m****."

Aforismo de não me lembro de quem.

quarta-feira, 21 de abril de 2004

Atolada na lama

Finalmente alguém cria um site sobre garotas com seus carros atolados. Sim, é isso mesmo, não procure por sacanagem. São apenas fotos e vídeos de garotas em seus carros atolados (bom, tem algumas pernas de fora, e tal, mas é só). E tem mais coisas interessantes nos nomeados para o Webby Award. Nem todas tão sérias assim...

segunda-feira, 19 de abril de 2004

Artigo de Luís Nassif na Folha de São Paulo de sábado, 17 de abril de 2004, tem visão bastante positiva sobre software livre e sobre os esforços do governo pela sua aplicação em municípios.

domingo, 18 de abril de 2004

Pra que simplificar?

Bastante desinteligente o formato do registro (log) padrão do Apache:

207.86.139.145 - - [09/Sep/1997:10:47:43 -0800] "GET /wwwping/index.htm HTTP/1.0" 200 954

Existem nada menos que três separadores: brancos, chaves (de dois tipos) e aspas. E o que é pior: estão misturados. Assim, não dá para o Openoffice tratá-lo facilmente como uma fonte de dados separados por branco: a data fica separada do deslocamento GMT (e o pedido GET também, mas isso é o de menos). A saída é usar assim mesmo e arrastar e soltar a tabela numa nova fonte de dados MySQL ou Access (isto é recomendável também porque o OpenOffice não deixa usar queries complexas em fontes de dados só-texto). Depois, aplicar mais filtragens SQL para obter um formato de data usável.

Por que não separar os campos com uma lasanha (#) ou algo assim? Por que as pessoas não pensam com simplicidade antes de fazer as coisas?
Homem que é macho ou mulher que é fêmea programa em assembly. Como esta alemoada, aí, que cansou de programar "demos" e preparou um tiro-em-primeira-pessoa-3D com 96kB e texturas fotográficas (sim! noventa e seis mil bytes). Mas nada é perfeito: a versão final será bem maior, com 128kB.
Você sempre quis ter uma piscina olímpica? Sonhava com a raia ideal para treinar a travessia do Canal da Manga? Não tinha espaço em seu quintal 3x4? Com a Piscina Sem Fim, seus problemas acabaram!

sexta-feira, 16 de abril de 2004

O blog Superfície Reflexiva publicou denúncia de que haveria dados adulterados em uma pesquisa da Microsoft comparando Windows com Linux, baseado na ocorrência de dígitos nas tabelas comparativas, segundo a Lei de Benford. Me interessei pelo tema e criei uma ferramenta para calcular a ocorrência de dígitos copiados para a clipboard dos computadores. O programa em linguagem Rebol funciona pela Web no Internet Exploder, e stand-alone em qualquer plataforma (Linux, Windows, Sun). Para usá-lo, basta copiar grande quantidade de números para a memória e clicar no botão "Calcula". Aparecerá um gráfico comparando a quantidade encontrada na memória com ocorrências segundo a Lei de Benford e com os dígitos encontrados no Google (segundo a Lei de Google :).

quarta-feira, 14 de abril de 2004

O Projeto Brasil da Agência Dinheiro Vivo (leia-se Luís Nassif) está usando o Plone. Fiquei bastante impressionado com os recursos, mas é irritantemente lento pra quem usa o WebGUI, que se edita pá-pum-foi. Carregamento de página no Plone: 25 segundos (servidor brazuca). Página com conteúdo idêntico no WebGUI: 5 segundos (servidor canuk). Perl pode ser elegante como um camelo manco, mas é rápido...
O Projeto Brasil da Agência Dinheiro Vivo está usando o Plone. Fiquei bastante impressionado com os recursos, mas é irritantemente lento pra quem usa o WebGUI, que se edita pá-pum-foi. Perl pode ser elegante como um ornitorrinco manco, mas é rápido...

Imagine...

Por que nenhum fabricante de chips pensou em fazer um processador com os mesmos operadores do MMIX, processador imaginário do artista-programador Donald Knuth? Já teria todos os algoritmos prontos...

Papinho nerd

Por que linguagens script são lentas? Porque são interpretadas. Mas elas não precisam ser interpretadas, podem ser compiladas e, mesmo assim, interativas. Presumamos uma interface por linha de caracteres (CLI). O compilador lê a linha de entrada até um ENTER. Procura por comandos na linha (tokens). Acha o ponto de entrada do código de máquina de cada token, numa lista de tokens+rotinas de máquina, e monta uma lista de CALLs. Quando chega no final da linha de entrada, monta um RETURN e dá um JUMP para o início da lista de CALLS (na verdade, verdadeiro código de máquina):

INICIO: CALL comando_1 CALL comando_2 CALL comando_3 RET

A linha de entrada compilada então roda em velocidade de máquina, e quando encontra o RET volta para a linha de entrada para ler mais comandos. Pronto. Assim eram o GraForth e o TransForth do Apple ][, as mais bonitas peças de software que eu já vi, criação da cabeça genial do matemático Paul Lutus. Mas o modelo lógico é Forth, criação da cabeça genial de Chuck Moore.

Dinhei-rô! Dinhei-rô!

O setor bancário brasileiro gosta de dizer que tem a tecnologia de automação das mais avançadas do mundo. Então porque colocam a senha do cartão de banco gravada na tarja magnética? Os 171 chinelões simplesmente clonam cartões magneticamente (ao você passar o cartão numa porta, num slot falso de terminal pagador, num terminal de compras) e sacam sua grana no início de um feriadão. Sua não: do banco, porque eles lhe devolvem rapidinho o dinheiro (no meu caso, em menos de uma hora e meia). O que é a conciência culpada... A fraude está rolando solta mas ninguém fala nada. O pessoal dos bancos nem entrevista dá.

segunda-feira, 12 de abril de 2004

Lua, Lua, Lua

Lua é uma linguagem de programação desenvolvida na PUC-Rio que está fazendo algum sucesso no exterior. Interessantemente, não usa ponto-e-vírgula para separar comandos, o que é uma coisa inteligente. Mas usa muito parênteses e brackets, coisa totalmente desnecessária em linguagens. Quanto mais separadores, mais a interpretação de um programa se torna lenta e complicada. Se você tem uma função ou rotina e precisa passar parâmetro, a maneira mais simples possível é:

comando param1 param2 param3

Ou melhor, assim:

param1 param2 param3 comando

É sinal de desinteligência fazer uma linguagem assim:

comando(param1, param2, param3)

Ou qualquer outra variação que coloque separadores inúteis.
Caetano Veloso, justificando não autorizar suas músicas para comerciais:
Não faço minhas músicas para vendê-las.
Então, tá. Por isso os shows dele são de graça, e os disco são distribuídos gratuitamente nas feiras...

Nonono

Claro que o OpenOffice é muito legal. Mas fica muito engraçado falar, principalmente em inglês, "OOo 1.1.1": "ou ou ou on on on". Parece coisa de rafe publicitário...
Diálogo com uma amiga:
-- Mas não achaste agressivos os anúncios do Google no teu site?
-- Não, pois eles têm a ver com os assuntos tratados. São um serviço para os leitores. E o teu site no Blogspot também tem anúncios Google, só que o Blogspot é que fica com a grana...
--Ah, é mesmo. Visto por este ângulo... :)
Me impressiono como marketeiros conseguem ser tão burros a ponto de não notarem coisas como estas: era quase impossível encontrar o Real Player gratuito, no site da empresa. O link ficava escondido em alguma página no subsolo. Eu sempre saía irritado do site da empresa. Agora, parece que isto vai mudar...

sábado, 10 de abril de 2004

Bota competência nisso

Botei anúncios Google no meu site. Mal eu coloco numa página, aparecem anúncios sobre o conteúdo da página quase intantaneamente, o que me leva a pensar que eles já tem anúncios apropriados para todas as páginas do seu imenso banco de dados, esperando apenas que o usuário assine o serviço.

sexta-feira, 2 de abril de 2004

Dicionário de cinema

Gene Hackman.
Todo o filme com Gene Hackeman é bom. Pode ser a maior bomba, mas é bom filme, diversão e dramaticiade garantidos. "A conversação" é demais!
Glauber Rocha
Picareta. Sinto muito, mas algém tinha que dizer isto. Picareta. Não importa o quanto acadêmicos digam que era genial. Pra mim, era apenas um jornalista se fazendo de louco genial. Pra fazer coisas ruins, é preciso saber fazer boas coisas ruins. Nem isso ele conseguia, só fazia coisas ruins que eram coisas ruins. Eu vi um filme e meio do Gláuber. Quantos você viu? Mas devo ser justo: ele não foi o único. TODO o cinema novo é uma merda igual! Estigmatizaram realizadores corretos. Tacharam de careta o maior de todos, Anselmo Duarte. Fazendo merda, afastaram o espectador, jogaram no lixo todo o trabalho feito pela indústria cinematográfica brasileira durante mais de 20 anos, chanchadas, Vera Cruz e tal.
Paul Verhoeven
Um chato quanto estava na Europa, um demolidor das instituições norte-americanas quando na américa, sem que a américa se dê conta disso.