quinta-feira, 11 de outubro de 2007

O bom e velho jornalismo está morrendo

Um bom instantâneo do panorama atual do jornalismo.

http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?msg=ok&cod=441IMQ004&#c

Achei relevante este trecho:

É claro que ser capaz de produzir em várias mídias não quer dizer que o jornalista será obrigado a produzir em várias mídias. Américo Martins, editor-executivo para as Américas do serviço mundial da BBC, diz que houve um tempo, há alguns anos, em que se imaginava que isso seria comum, mas as redações descobriram que é impossível mandar um jornalista para o campo com uma "maleta multimídia" e esperar que ele mande textos em tempo real, grave uma áudio-reportagem e ainda apareça no noticiário da noite, na TV, com uma reportagem contextualizada.

Há uns dois anos um professor espanhol criticava a falta de recursos multimídia no jornalismo online. É uma crítica recorrente. Mas a realidade é que, por enquanto, ainda é muito caro e demorado usar os principais recursos. Ou se publica rapidamente um material meio bruto (vídeo e áudio sem muita edição, por exemplo), ou se faz um produto bem elaborado mas demorado.

Claro que isso pode mudar na medida em que surjam ferramentas que facilitem a edição e publicação. Pequenas mudanças já aparecem, como o quick upload ou envio por celular, no You Tube.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

A mágica de Woz

Ethan Zuckerman dá um resumo da fala de Steve Wozniak no Idea Festival, contando sua participação na pré-história da microinformática. Extremamente geeky, mas é bom pra gente ver como o ser humano (desde que estude bastante e more na Califórnia) consegue manipular a natureza. No caso, chips de silício. Atari, Pong, Breakout, Apple e como a HP perdeu a chance de inventar os microcomputadores.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Brasil vai do 38º ao 13º lugar em e-Governo

Um professor da Georgia State University, Darrell M. West, faz levantamento anual sobre e-governança (que nome horrível!).

De 2006 pra 2007, o Brasil foi da 38ª posição (32 pontos em 100) para a 13ª (41 pontos). Entre a chinelagem, Turquia também faz bonito.

O ranking vai até 100 pontos e envolve 198 países.

Veja o PDF Global E-Government, 2007 com ranking completo, metodologia etc.

Via Peopleware.

sábado, 11 de agosto de 2007

Tragam uma criança de dez anos

Quando disseram a Groucho Marx "Até uma criança de cinco anos pode fazer isso", ele respondeu: "Então tragam uma criança de cinco anos".

Pois se o laptop das crianças estragar, elas próprias podem fazer a manutenção:
5. Repair: After Mitch Bradley asserted that a 10-year old could
replace an XO motherboard, Joel Stanley was tasked with overseeing
just that. On Tuesday, 10-year old Philip and his 8-year old sister
Sophie were given an XO; using the instructions on the OLPC wiki they
disassembled and reassembled it (for the most part independently). It
didn't work the first time, so they proceeded to disassemble,
troubleshoot a loose wire, and reassemble the XO. This second pass,
when they were on their own, was successful (See
http://dev.laptop.org/~joel/xo-video/).
Walter Bender, OLPC newsletter 2007-08-11

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Tuquito lança livro sobre OLPC

O projeto Tuquito é destaque no OLPC News. O hermano Pablo Frias fala sobre o projeto de sistema operacional livre baseado em Linux, conta novidades sobre o apoio ao OLPC na Argentina e anuncia o primeiro livro (que eu saiba) sobre o OLPC. A obra é escrita em espanhol castelhano e pode ser baixada em PDF.

O logotipo do grupo é um simpático vagalume bem ao estilo dos afamados ilustradores argentinos.

--
nome: "José Antonio Meira da Rocha"  tratamento: "Prof. MS."
atividade: "Pesquisa e aprendizado em mídias digitais"
googletalk: email: MSN: joseantoniorocha@gmail.com
ICQ: 658222 Skype: "meiradarocha_jor"
veículos: [ http://meiradarocha.jor.br http://olpcitizen.blogspot.com ]

domingo, 29 de julho de 2007

Revista de Harvard com abordagem equivocada sobre OLPC

Harvard International Review publica artigo sobre OLPC com questões velhas, superadas ou fruto de má informação por parte do redator. Bastante estranho, vindo de uma publicação de Harvard.

Alguns pontos mais que discutíveis:

* O pobrerio precisa de professores qualificados, não de laptops.
E como qualificar professores, senão por EaD?

* Aldeias da África não precisam de internet.
Ah, tá... seres humanos não precisam se comunicar...

* Na área rural a rede mesh não vai funcionar.
Para os 10% da população rural, existe WiMax.

* O hardware é fraco, não roda MS Office.
Estranho, é semelhante ao que o redator devia usar há sete anos atrás para fazer as mesmas coisas que faz hoje.

* Vai dar virus.
Em sistema unix-like?

* O uso de software proprietário , em vez de Windows ou MacOS, vai causar problemas de manutenção.
Sério, ele disse isso!

* Tem pouco "conteúdo"
Toda a internet é pouco conteúdo? E o aprendizado novo deve ser feito por atividades e projetos, não por "contiúdo".

* Melhor seriam telecentros, não uma máquina por criança.
Telecentros são bons, mas são complementares. Um-por-um é melhor, mais eficiente, mais barato.

* Melhor seria um computador por família, não por criança.
Que tal dois ou três computadores por família, pelo mesmo preço?

E tem muitos outros equívocos.

A HIR precisa escolher melhor seus redatores. Esse artigo pegou muito mal. Um vexame.

Via OLPC News.

domingo, 8 de julho de 2007

Nem só de Pan vive o homem

Tem também o 1º Encontro Sobre os Laptops na Educação, no Rio de Janeiro, dia 14 de julho, sábado, na Escola de Engenharia da Federal Fluminense. O evento pretende divulgar entre  professores os projetos OLPC/UCA e discutir usos pedagógicos das maquininhas móveis, através de palestras e conversas com os principais players do negócio.

Confirmadas presenças de David Cavallo (OLPC), de representantes do UCA, do professor Schara (UFF), de blogueiros, de profissionais de Intel (falando sobre o Classmate PC) e da Encore (falando sobre o Mobilis). Além deste que vos escreve, que acha encontros presenciais muito caros e participará, de Porto Alegre, através de Skype Video no telão.

Mesmo feito para professores, o encontro é aberto. Uma boa oportunidade para os cariocas conhecerem mais sobre o início da revolução na educação e na mídia nacionais.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Guru da informática está mal informado

O norte-americano Lee Felsenstein pode ser um grande guru da informática, mas está muito mal informado sobre o projeto OLPC. Parece que ele só olha para Cambridge e para o que está sendo feito por lá. Não toma conhecimento da movimentação no resto do mundo. Por exemplo:
When questions were raised, in many cases answers were avoided. The most egregious tactic was to say "it's an education project, not a laptop project " whenever questions were raised about the elements of the laptop, and to say "we're only making a laptop" when questions came up about the educational goals and methods of the project.
O que ele queria? Que o OLPC se metesse nos sistemas educacionais dos países? O OLPC faz o laptop e sugere usos. Cada país escolhe como implementar o projeto. Ou seja, o OLPC não é o único player no projeto. Cada um faz a sua parte.
As I pointed out in November 2005, the big problem with the OLPC project was the assumption that there is no need to work with the parents, the community leaders, and the working educators to develop the infrastructure needed to support the intended operation of the laptop.
Não existe nenhum pressuposto de que a comunidade não deve ser envolvida. De onde ele tirou isso? Obviamente, ele não conhece o que está sendo desenvolvido no Brasil e outros países. O Brasil, pelo menos, já está fazendo tudo isto.

sábado, 16 de junho de 2007

Intercom favorece monopólio de empresa estrangeira

A Intercom - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares de Comunicação -- exige que os trabalhos acadêmicos, para seu congresso anual, sejam entregues em formato do editor de texto MS Word.

Isto é um inaceitável favorecimento da Microsoft e um incentivo à pirataria.

No momento em que governos e empresas no mundo todo se voltam para o formato OpenDocument, aberto e documentado, a Intercom vai no caminho inverso da história. Em vez de usar editores de texto livres, abertos e gratuitos (como BROffice, AbiWord e Kwrite), professores deverão usar o MS Word, programa caro com formato fechado e não documentado.

E quantos pesquisadores compraram seu Word legalmente?

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Grupo Abril ataca COC

Grupo Abril, que tem seu próprio "sistema de ensino", está atacando o grupo COC na Veja, usando a voz de direitistas tipo "mídia sem máscara" e "escola sem partido".

O assunto está fervendo no Luiz Nassif ( http://z001.ig.com.br/ig/04/39/946471/blig/luisnassif/2007_06.html#post_18874487)

Eu me lembro que há pouco tempo o New York Times divulgou o resultado morno dos sistemas de ensino nos EUA mas declarou que tem um sistema destes que não foi avaliado. Este tipo de comportamento ético nem passa pela cabeça do grupo Abril.

domingo, 3 de junho de 2007

Bliblioteca gráfica para o sistema editorial

Para o sistema editorial que imagino, juntando Scribus com banco de dados MySQL, será necessária uma biblioteca de manipulação de imagens, para tratamento de fotos por scripts Python. Vou testar esta: Python Imaging Library (PIL).

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Usando Scribus+MySQL

Quero buscar meus artigos de sites internet e publicar em papel. Com a evolução das ferramentas de código aberto, é possível hoje o casamento entre um Content Management System (CMS) -- como WordPress ou Joomla -- e um Desktop Publisher como Scribus, através de banco de dados MySQL. Estou estudando e desenvolvendo projetos nesta área. Aqui relato como venho fazendo.

  1. Baixei e instalei o Scribus.
  2. Baixei os arquivos do MySQLdb, o módulos Python 2.4 para acessar MySQL.
  3. Descomprimi dentro desta pasta do Scribus: \lib\site-packages\.
  4. Pronto. Reiniciei o Scribus para acessar banco de dados do WordPress ou de qualquer outro gerenciador de conteúdo ou blog.
O arranjo ainda está sendo testado. Mas, dando certo, permitirá que scripts automatizados diagramem grosseiramente as páginas de jornais. Todo o trabalho chato será feito por scripts. Depois, os diagramadores farão pequenos ou grandes ajustes nas páginas.

Carregando o módulo para acessar MySQL

Se as instalações estiverem corretas, é possível controlar o banco de dados pelo console do Scripter Scribus, que nada mais é do que um console Python. Abri o console pelo menu "Script > Mostrar console". Digitei o código:

Import MySQLdb

E usei a tecla F9 pra rodar este pedaço de programa. Não houve mensagem de erro, mas sei que tudo correu bem porque não aconteceu nada na tela de retorno do console Python. O que indica que foram carregadas sem problemas as bibliotecas para o Python acessar o MySQL.

Para receber mais informações sobre o módulo MySQLdb, digitei help("MySQLdb"), selecionei só este trecho e usei a tecla F9. O interpretador Python executou somente este trecho selecionado. No caso, o comando help listou a documentação completa do módulo.

Usando o MySQLdb

Eu tenho um servidor WAMP rodando com um "espelho" do meu site com Moodle, WordPress, osCommerce. Portanto, tenho um banco de dados MySQL com a cópia do conteúdo de meu site. Eu posso acessar esse banco de dados e editá-lo pelo OpenOffice Base. Ou posso acessar pelo Scribus e usar o texto para diagramar o jornal de papel. Isso é feito através da linguagem script do Scribus.

Uso código Python como este:

db=MySQLdb.connect(host="localhost", user="root", passwd="********", db="wordpress_database")
cursor=db.cursor()
cursor.execute("select * from wp_posts")

# Pega o total de linhas da tabela
numrows = int(cursor.rowcount)

# Pega e mostra uma linha por vez
for x in range(0,numrows):
  row = cursor.fetchone()
  print row[0], "-->", row[1]

Isto imprimiu duas colunas de números no console. Não serviu para nada, apenas para eu ver que funciona a conexão Scribus-MySQL.

Então, vi que um script Scribus pode acessar um banco de dados MySQL e pegar material, textos, links de imagens, e montar páginas "sozinho"! Pode até gerar o PDF.

Agora, todo um mundo novo à frente!

Eu já imagino um sistema editorial montados em um CMS que já é o próprio site do veículo. O diagramador faz uma consulta no Scribus, e o script já puxa as matérias e entrega pré-diagramadas. Cada página é montada on the fly apenas para visualização ou é montada definitivamente, depois que esgotou o prazo de fechamento.

O departamento comercial de um veículo pode usar um blog para recepção de anúncios destacados e classificados. Scripts da diagramação lêem as informações de anúncios diretamente do banco de dados do comercial. Tudo em tempo real.

Bibliografia

  1. Python Database modules.
  2. Database Programming in Python: Accessing MySQL

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Junções, os links simbólicos do Windows

Um dos melhores recursos dos ambientes unix são os links simbóicos, ou atalhos que você cria para significar um outro arquivo ou diretório (pasta). O atalho vale como o arquivo original. Tudo o que ficê fizer no link simbólico está fazendo no arquivo original. No entanto, quando você apaga o link simbólico, o arquivo original não é apagado. No sistema operacional Windows 2000 em diante existe o link simbólico, mas não há ferramentas para criá-lo. Então um hacker Windows desenvolveu sua própria: junction. Depois, o hacker foi contratado pela própria Microsoft, o que explica o programinha estar no site da Chuck Norris da informática.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Todos os aeroportos do mundo no Google Earth

Pode ser útil pra quem precisa de informações aeronáuticas. Especialmente útil ao departamento de infográficos, pois permite fazer ótimos mashups.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

O laptop de 12 gigabytes

Perdido no meio das novidades semanais de Walter Bender (newsletter OLPC News,  2007-05-19), um detalhe volumoso:

Pierre Ossman tells us that an 8GB SD card worked on his XO, so now we know that we support 8G+ cards. Pierre also has a patch to significantly increase the speed of SD on our hardware.

Então o laptop XO aceita cartão de memória SD de 8 gigabytes. Com as rotinas de compactação de dados do XO, essa capacidade pode chegar fácil aos 12 ou 13 gigabytes.

O cartão SD é o sucessor dos disquetes no transporte de dados. Agora, pode se tornar o substituto do HD. Sua velocidade de acesso é um pouco menor do que um HD rotativo atual. Se aproxima da velocidade de um HD de 5.400 rpm.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Matéria sobre UCA/OLPC esqueçe do LEC

Alerta do Google de notícias sobre: olpc

Laptop na escola ainda gera polêmica
A Tarde On Line - Salvador,BA,Brazil
... de São Paulo (USP) analisam três laptops de fabricantes diferentes: Classmate, da Intel, XO, da OLPC (One Laptop Per Child) e Mobilis, da Encore. ...

O veículo A Tarde esqueceu a parte mais importante do projeto UCA: o trabalho do Laboratório de Estudos Cognitivos da Ufrgs . Com o devido respeito ao trabalho dos outros pesquisadores, é o LEC que definirá os aspectos pedagógicos do projeto. Os outros laboratórios têm uma ênfase na tecnologia, não na pedagogia.

Interessantemente, o LEC também estava sendo esquecido pelo próprio grupo do governo. Só depois de muitos meses de UCA é que o trabalho do pessoal da profa. Léa Fagundes foi incluido no UCA por sugestão do próprio David Cavallo, em função do trabalho de muitos anos próximo ao pessoal do MIT.

O LEC e as experiências na escola Luciana de Abreu é que definirão os rumos da educação "um-por-um" no Brasil e no mundo. Essa é minha opinião. Quando eu disse isso diretamente ao pessoal do LEC e da escola, eles riram muito e negaram, modestamente. Mas o LEC é o grupo que que tem o trabalho mais avançado em pesquisas casando novas tecnologias com novas pedagogias, dentro do espírito MIT que deu origem ao OLPC.

Em entrevista com professores da Luciana de Abreu (estamos editando o vídeo para divulgar em breve), já vimos que a escola está preparada para levar adiante o projeto como replicadora. Professores aprendem e usar a maquininha em pouco tempo, e já estão adiantados em criação de atividades curriculares usando a tecnologia móvel.

Finalmente, no final da matéria d'A Tarde, uma palhinha da visão educativa da Intel:

Na opinião do presidente da Intel Brasil, Oscar Clarke, para que o computador faça o papel do livro na sala de aula, é preciso uma reestruturação no modelo pedagógico das instituições públicas. "Os professores devem planejar as aulas com antecedência, tendo ciência dos sites que serão acessados".

Computador é só para substituir livro e navegar na internet? Não sei o quanto a fala do Intel-guy foi editada pelo jornalista. Mas juntando isso outras notícias sobre a parceria Intel-Positivo, há indícios de que a fabricante de chips veja a nova pedagogia apenas como usar material didático do sistema de ensino Positivo.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Seqüestro de crianças e o laptop dos cidadãos

Comoção na Europa pelo caso da menina inglesa desaparecida em Portugal.

Esse tipo de drama poderia ser minimizado por um hipotético programa " Um Laptop por Cidadão" em que TODAS as pessoas tivessem seus laptops XO, incluindo bebês. Enquanto os pais se divertem, podem ficar monitorando os filhos através de vídeo/áudio e de software de detecção de movimento.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Nove equívocos e um acerto

Professor brasileiro Carlo Emmanoel Oliveira Ph.D., Universidade Federal do Rio de Janeiro, Núcleo de Computação Eletrônica, faz dez considerações sobre o OLPC no seu site e no OLPC News.

São interessantes, mas vejo a maioria como equivocada ou fruto de desinformação. Comento aqui conforme o número das considerações no texto original.

10. Foco. The focus of One Laptop Per Child has been completely on the technology with the goal that a new technology will change how we educate children". Equívoco. Pela milhonésima vez: o foco não é na tecnologia, é na educação, com embasamento em sólidos princípios pedagógicos. Neste momento se noticia muito tecnologia porque é a parte do projeto em desenvolvimento.

9. Visibilidade da tela (readability). Desinformação. Ele cita um estudo de 2005 com laptops convencionais.

8. Infraestrutura. Isto já está sendo tratado pelo OLPC, com baterias, painéis solares, links por satélite. O governo brasileiro já está cuidando disso.

7. Nem todo o aprendizado pode ser feito por laptops . Sim, ele tem razão.

6. Falta de conteúdo. E o que é a internet? E os livros escolares? O projeto não precisa de "conteúdo", precisa de exemplos de atividades curriculares para os professores e alunos desenvolverem suas próprias atividades. OLPC não é estofo, é processo.

5. Teclados. Ele diz que talvez precisássemos de lousas sensíveis ao toque e quadros-verdes digitais. Desinformação. O XO tem área sensível ao toque. E que tal um quadro digital enorme numa escola de Não-me-toque, interior do Rio Grande do Sul, ou num vilarejo de Uganda?

4. Escalabilidade. Ele acha que um professor não poderá interagir com 50 crianças. Ora, Sugar é pra isso mesmo. Ele também mostra sua idéia (arcaica) de educação: alunos com cliquers respondendo a testes...

3. Ergonomia. Escolas sem mesas obrigarão alunos a usarem o laptop em... bem, no lap top. Claro, capacetes com HUDs e comando manuais espaciais, tipo Minority Report, seriam uma solução melhor e mais ergonômica.

2. Problema errado. O problema real seria a qualificação de professores. Bom, que tal usar uma rede de laptops para qualificar professores em cursos a distância? Para os professores aprenderem a usar os laptops levará uma semana, com ajuda dos pequenos.

1. Comunidade de aprendizado versus individualismo norte-americano. Essa foi a número um, realmente. O OLPC é TUDO sobre aprendizado em conjunto e redes de aprendizado.

Em dez questões, ele tem razão em uma (número 7).

segunda-feira, 7 de maio de 2007

O Peru entrou!

Alerta do Google de notícias sobre: olpc

Peru anuncia adesão ao XO, laptop de US$100
Info Online - São Paulo,SP,Brazil
SÃO PAULO - O ministro da Educação do Peru, José Antonio Chang, anunciou que seu país fará encomendas à OLPC do XO. Chang fez o anúncio em Lima, ...

Embuta mapas no seu site

Embutir mapas do Google Maps em seu site agora ficou mais fácil. Primeiro, faça um mushup KML no Google My Maps e copie o endereço do KML. Depois, gere o código do mapa no site http://www.dr2ooo.com/tools/maps/. Cool!

NASA World Wind no XO?

Querer o Google Earth no XO seria demais (não é open source e precisa placa de vídeo 3D), mas talvez seja possível rodar o NASA World Wind, em sua versão Java. TomServo, o cara do site Earth is Square, está com vontade de fazer um applet pra isso. Será que rola, agora que o XO tem 256 mebibytes de RAM?

O mapa das comunidades online

O Orkut parece que está no lugar errado... http://xkcd.com/c256.html

Custo de energia elétrica Brasil x EUA

Energia elétrica é o "combustível" das tecnologias digitais de comunicação. Você sabia que a energia elétrica no Brasil -- o país das hidrelétricas -- custa mais de 40 centavos de real por quilowatt-hora (22 centavos de dólar) e nos EUA (New Orleans, p. ex.) custa 18 centavos de real (10 centavos de dólar) o kW-h? A paridade do poder de compra (PPC) do Brasil é de cerca de 1,6. Esses 22 centavos de dólar por kilowatt-hora equivalem a 35 dólares nos EUA. Ou seja: nossa energia elétrica é três vezes mais cara que a dos Estados Unidos.

sábado, 5 de maio de 2007

Olhem o hyperlinking que o NYT implementou!

Cliquem duas vezes em qualquer palavra de matérias do The New York Times, e vejam o que acontece: abre uma janela do Answers.com com a definição da palavra.

Simples, óbvio, prático. A coisa mais legal que já vi implementarem na Web em toda a década!

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nome: "José Antonio Meira da Rocha"  tratamento: "Prof. MS."
atividade: "Pesquisa e aprendizado em mídias digitais"
googletalk: email: MSN: joseantoniorocha@gmail.com
ICQ: 658222 Skype: "meiradarocha_jor"
veículos: [ http://meiradarocha.jor.br http://olpcitizen.blogspot.com ]

sexta-feira, 4 de maio de 2007

domingo, 29 de abril de 2007

Idéia de educação da Intel/Positivo é uma piada de mau gosto

Na revista ARede, Lea Fagundes bota a boca no trombone: projeto da Intel/Positivo é uma picaretagem de marqueteiros.
ARede • Os outros computadores em teste no governo têm uma solução pedagógica? Léa • Eles não têm teoria nem práticas pedagógicas diferentes. São para o ensino tradicional. Isso é que me dói. Tu vai fazer uma despesa danada, e não mudar nada. O governo está encantado com o ClassMate. Custa US$ 400, mas a Intel, que fez parceria com o Bradesco e a Editora Abril, paga a formação do professor, o transporte, dá a estrutura de rede para a escola. São módulos padronizados no mundo inteiro. E a Intel me diz: 'somos uma multinacional, damos o mesmo conteúdo aqui, que damos em outros países'. Ou seja, não muda nada. Eu perguntei à coordenadora do programa do ClassMate quem dará esses cursos, ela respondeu que ela era mesma. A formação dela? Administração de Empresas. O outro, MBA, Marketing. Ou seja, a Intel vai formar professor para usar a máquina deles. Para fabricar, a Intel procurou a Positivo. Vou dar um exemplo do que se trata. Fui a uma escola em São José dos Campos (SP) com 20 máquinas, crianças de 7ª série, todas sentadas, com a professora e um técnico ajudando. É uma aula de geografia, do capítulo do livro didático, mas todo o seu conteúdo está na internet. Pedi para baixar do site. Conteúdo de quem? Da Positivo. Era o homem pré-colombiano, mas a imagem não tinha nada de pré-colombiano, era elegante, magro, alto. E com roupinhas, para o aluno vestí-lo. É isso, roupinhas de boneca para vestir o homem pré-colombiano? A Positivo tem 700 mil páginas na internet, que cobrem conteúdos de todas as matérias, de todas as séries. Está tudo pronto. O professor acha uma maravilha. Por que? Ele não precisa preparar a aula, não precisa planejar. Quando termina a aula, já tem teste pronto, e o programa diz o que as crianças erraram. Mas qual é a função do professor, então? O professor não precisa pensar?
É justamente o tipo de material que não faz diferença de aprendizado, conforme algumas pesquisas recentes nos EUA.

Ensino por rede no UCA/OLPC

Excelente matéria com a profa. Lea Fagundes na revista ARede mostra as relações do proejto UCA/OLPC com EaD. Uma palhinha:
ARede • Como está sendo a capacitação dos professores para o XO? Léa • Aqui em Porto Alegre, tive que escolher uma escola com 400 alunos, o número de laptops que teríamos. Encontrei uma escola com 350 alunos e 50 professores, da 1ª à 9ª. Fizemos um seminário de dois dias. Apresentamos a pesquisa do LEC, como vamos fazer funcionar o modelo do XO, as propostas pedagógicas, o que já existe de produção de conhecimento científico. Trabalhamos com os dez XOs que tínhamos, em rodízio. Prometeram nos mandar mais cem XOs depois do carnaval. Chegaram no Brasil, mas a alfandêga não liberou. Nem o MEC. Decidimos formar monitores com alunos da 7ª à 8ª séries que gostam de computadores. Eles vieram fazer a formação com os professores, para ajudar quando chegassem os computadores. Então resolvemos fazer uma Formação Continuada em Serviço. Os professores trabalham de manhã, de tarde, de noite, e ganham pouco. Não têm tempo para sair e fazer cursos. Mas têm duas horas por semana para planejar. Essa é a hora teórica do curso; e as aulas, as horas práticas. Estamos documentando tudo. Se o Brasil comprar mais um milhão de XOs, teremos que formar 40 mil professores, em alguns meses. E quem vai fazer isso? Essas 40 professoras, nós e os meninos, a distância.

sábado, 28 de abril de 2007

A revolução será 3D. Não esse hype do Second Life...

Que tal uma impressora 3D pessoal que imprima objetos de verdade? Relógios, chocolates, baterias, até uma nova impressora igualzinha à original... pois essa é a revolução que se avizinha. O movimento tem até nome: fabbing.

Dá só uma olhada no vídeo da impressora 3D.

Via Pablo Mancini.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Forbes: a alma de um novo laptop

Boa matéria sobre o OLPC na Forbes:
http://members.forbes.com/forbes/2007/0507/100.html

Umas palhinhas:

"There would be no way to launch and ramp in any way other than open and viral," Negroponte says in an e-mail exchange from Taiwan, where he is dealing with manufacturing. "A command-and-control model, the way one runs an army, is not well suited for newideas."

One laptopmaker refused early on to get involved because, it claimed, success would require "ten or twenty" miracles

"There's a risk in showing something that isn't finished," Bender says. "But there's a greater risk in waiting." He expects there to be 500 million laptops in the hands of poor children five years from now--both the XO and other low-cost models under development. 

Via OLPC News.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Cartões de memória SD substituíram o disquete

O grande vencedor na concorrência de cartões de memória foi o padrão SD e seus parentes (MMC, miniSD, microSD). Ele ocupa o lugar dos disquetes de 1.4 mebibytes. As grandes vantagens são o tamanho reduzido e a capacidade de memória. Em 2007, é possível achar, a preços razoáveis, cartões SD com capacidade de 2 gibibytes, mil e quinhentas vezes maior que um disquete de 1.4 MiB.

Mas algumas coisas continuam iguais: o cartão SD é tão confiável quanto um disquete. Ou seja: nada confiável. Ele tem uma vida útil de umas 100 mil gravações, algumas marcas mais vagabundas perdem os dados, eles morrem antes da hora, se você levar para outro computador há chances de que ele não seja lido.

domingo, 22 de abril de 2007

O que é cartão SD High-speed

Cartão SD High-speed é um cartão de memória Flash Secure Digital que permite altas velocidades de acesso. Em geral, a velocidade de cartões é medida com base no conhecido sistema dos CD: velocidade 1x (uma vez) é igual a 150 mebibytes por segundo (150MiB/s). O cartão SD high-speed atinge velocidades de transferência de 50x a 66x. Normalmente, mede-se a velocidade de gravação, que atinge de 2500 MiB/s a 5000 MiB/s. A velocidade de leitura é bem maior, chegando a 9800 MiB/s, na prática. Estes cartões são necessários para dispositivos com alto fluxo de bytes, como câmeras fotográficas com mais de 5 megapixels e câmeras de vídeo. Bibliografia.

Datas de lançamento dos cartões SD Toshiba

Curiosidades curiosas. Estas foram as datas de lançamento dos cartões SD Toshiba. Na média, dobraram de tamanho a cada 13 meses:
Produto Data Período entre lançamento anterior
SD memory card 32/64 MB Julho de 2000
SD memory card 128 MB Abril de 20018 meses
SD memory card 256 MB Fevereiro de 200322 meses
SD memory card 512 MB Agosto de 20036 meses
SD memory card 1.0 GB Dezembro de 200414 meses
SD memory card 2.0 GB Fevereiro de 200614 meses

Repare na ilustração de um cartão SD Toshiba da primeira série de 2006. A capacidade é escrita "2.0GB" (Atualmente, aparece apenas "2GB"). Muitas marcas venderam e vendem este cartão em regime OEM. Cartões falsificados também usam Toshiba. Ele tem um rebaixo na área inferior do cartão para a colocação de rótulos (a partir da inscrição "SD Memory Card", inclusive).

Mini-leitor de SD

A oferta do Submarino parece bem tentadora: mini-leitor de cartão SD mais um cartão Dane-Elec de 1 gibibyte.

Uma das vantagens deste tipo de pen drive sobre os tradicionais é que pode-se trocar de cartão SD, aumentando a versatilidade do equipamento e sua vida útil. Pode-se usá-lo para descarregar fotos ou vídeos de câmeras fotográficas, que em geral dispõem de interface USB 1.1 (só até 800 kibibytes/s de transferência).

Ou também para se carregar músicas mais rapidamente para mp3 players com USB lentas, como meu Lexar LDP-600.

Teoricamente, dependendo do cartão, estes leitores têm uma velocidade de gravação de 1500 KiB/s a 5000 KiB/s.

Este equipamento também é encontrado no Mercado Livre a preços que variam de R$16,00 a R$ 30,00. Mas cuidado: eu me dei mal comprando do vendedor Niponet. O leitor apresentou gravação ridiculamente baixa em Windows XP com cartões Toshiba SD-M01G e SD-M02G: menos de 120 KiB/s, menor que 1x. A leitura foi boa, 9800 MiB/s. O vendedor Niponet, depois de muitos emails não respondidos, não soube me explicar se o leitor era defeituoso ou incompatível com Toshiba. Disse que o fabricante "não se responsabiliza por incompatibilidades". Queria que eu remetesse de volta o leitor para verificar defeito. Mas o Niponet não tinha estes cartões SD Toshiba para testar. Como ele saberia se era defeito ou incompatibilidade?

Sem os cartões, ele poderia chegar à conclusão que o produto não era defeituoso ou incompatível, e eu acabaria morrendo em mais 18 reais de Correios. Ele poderia me enviar outro cartão, já que o produto é barato, mas eu correria o risco de ficar com o mesmo modelo incompatível. Insisti para que ele dissesse se tinha os cartões. Não respondeu.

Não enviei o leitor, e o vendedor gentilmente me negativou no Mercado Livre. Me avaliou negativamente e disse que a negociação não foi efetivada porque eu fiquei com um cartão defeituoso ou incompatível que ele me vendeu e pelo qual paguei. Guardem o nome: Niponet.

Cartão de memória SD Kingston falsificado

Comprei pelo Mercado Livre um cartão SD Kingston. Chegou pelos Correios em carta registrada sem a embalagem original mas com a papelada original. Testei os números de série da papelada conforme descrito no site da Kingston. A resposta veio rápida por email: o rótulo era original.

Por fora do envelope havia o Part Number SD/2GB, mas, dentro, havia um cartão SD com rótulo Kingston que não correspondia aos rótulos do anúncio nem aos rótulos dos produtos Kingston. Um exame no verso do cartão revelou que o Part Number é SD-M02G. Na página da Kingston de buscas por Part Number, não houve resultado por nenhum produto atual. Em busca por produtos descontinuados, também não houve resultado. Esse código corresponde, segundo pesquisas pela internet, a cartão SD OEM da marca Toshiba.

Além do rótulo e da Part Number, o cartão SD não apresenta o entalhe inferior característico da Kingston (veja ilustração do cartão SD original de 5612 MB).

Interessantemente, o desempenho deste cartão SD foi melhor que o original. O cartão Kingston original é de 50x (50 x 150 KiB/s - kibibytes por segundo). Segundo o fabricante, a gravação deve ser de 1500 KiB/s e a leitura, de 5000 kib/s. Mas o falsificado atingiu 4000 Kib/s na gravação e 9200 KiB/s na leitura (em uma impressora HP multifuncional com entrada para cartão SD). Só não sei quanto tempo ele vai durar. O original tem garantia para a vida toda, e o falsificado não tem garantia alguma.

Então, confira bem suas compras para não levar cartão SD Kingston falsificado. Cuide destes detalhes:

  1. Rótulo como no site da Kingston: grande, sem rebaixo na superfície do cartão SD.
  2. Part number com uma barra, assim: SD/2GB.
  3. Entalhe na borda inferior do cartão SD.
  4. O fio inferior preto, abaixo do logotipo SD, não é um fio, mas letras com a altura de 0,2mm dizendo várias vezes "TO IDENTIFY GENUINE KINGSTON MEMORY PRODUCTS VISIT WWW.KINGSTON.COM/ASIA/VERIFY" (alguns falsificadores reproduzem este fio).

Consulte as dicas do fabricante para mais informações sobre memória Kingston falsificada (pen drive flash).

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Época: Web melhora desempenho escolar

A Web, rebatizada agora como "blogosfera", tem papel importante numa escola pública da periferia de Araxá, em Minas Gerais.

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